A ação principal acontece nos EUA e no Japão. O roteiro é escrito em 1939 para 1940, meses antes da entrada do país na Segunda Guerra Mundial. Ele conta a história de amor de um jovem jornalista, Roger Adams, e uma vendedora de uma loja de discos, Julie Gardiner, que se casam na esperança de ter filhos. Julie logo se torna grávida, mas ferimentos sofridos causados por um terremoto no Japão a fazem perder o filho que ela estava esperando e a capacidade de conceber.
Voltando para os EUA decidem adotar um menino ou uma menina, mas seus desejos são frustrados por contingências diversas. O filme, narrado em tom melodramático, exalta a figura da maternidade, o seu papel social e transcendência pessoal. Julie deseja ser uma mãe, natural ou adotiva digna de toda a assistência possível. Julie quer ser mãe para além da sua vontade com seus desejos e sua própria personalidade equilibrada e lúcida.
O trabalho mostra a força que a natureza pode desenvolver em torno de aspirações, como a maternidade, com base em reações instintivas. Recursos alternativos para a maternidade não satisfazem Julie. O trabalho levanta corajosamente e enfaticamente uma questão profundamente humana, o que desencadeia um drama clássico de corte de Shakespeare e valor universal.
Em uma cena evocativa, Julie relembra seu relacionamento com Roger, com a ajuda dos álbuns que marcaram sua vida juntos. A fotografia apresenta quadros originais que refizeram o clima trágico em algumas sequências. A câmera se move com diligência, sabedoria e precisão narrativa. O script cria uma história de tirar o fôlego intensamente. A interpretação dos dois protagonistas é excelente e suporta a maior parte do peso do sucesso da narrativa dramática.
Filme muito interessante, que combina momentos de alegria e cenas de um drama absorvente, sem evitar alguns toques sentimentais, pelos padrões da época. Dada a natureza duradoura da matéria, o trabalho mantém a sua força e vigor intacta.
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